O Jovem e a Música na Bahia

domingo, 2 de outubro de 2011

         Nos tempos atuais podemos perceber a existência de uma dualidade dentro da produção cultural jovem, esta dualidade é composta por uma visão romântica do universo munida pelas ideias realistas que tentam desenhar o mundo como ele é de verdade, pode parecer difícil a união destas ideias tão diferentes, mas está ocorrendo por que os jovens querem amar intensamente seguindo seus ideais, porém sem esquecer que a vida não é um conto de fadas asséptico sem desejos carnais, financeiros, inescrupulosos e muita vez até malévolos.




         Se tratando da Bahia, os movimentos musicais como o rock alternativo, vêm ganhando destaque em detrimento de cantar o amor de forma lírica, contudo real e possível. Dentro deste movimento percebemos que há uma grande tentativa de combate às mazelas sociais relacionadas à deturpação dos valores sociais, exemplo disso é a banda Velotroz vencedora do campeonato Desafio das Bandas, produzido pelo jornal A Tarde, que em suas musicas aborda a vontade de amar como uma necessidade fundamental ao ser humano e as distorções que o mesmo vem sofrendo na atualidade.


Fonte: Velotroz


         Numa das musicas do Velotroz, chamada “Domingo Não Estou no Parque”, podemos encontrar características como: a idealização romântica do amor, como algo necessário a nossa existência humana; a veracidade realista, que demonstra o que ocorre na sociedade sem ocultar ou distorcer os fatos, ambas as características ficam visíveis em um dos trechos da musica que diz:


Posso dizer que eu te amo pelo computador, mas não é a mesma coisa
Isso não é a mesma coisa
Mas não é a mesma coisa
Isso não é a mesma coisa
A maresia do tempo me incomoda
E nesse exato momento ela se encontra sobre mim
A duplicidade de suas guitarras é o que não deixa a minha voz sobressair
Diferença nas religiões, eu não entendo muito bem


         Nesta pequena parte da musica fica visível que o amor é algo fundamental ao homem, contudo as redes sociais vem retirando do amor o sabor, o cheiro e até mesmo o tesão que o amor proporcionava através do toque no corpo.


         Trabalhando a idealização do toque, bandas como o Velatroz desenvolvem os ideais românticos por trás do amor, já abordando a deturpação da forma de amar por parte da sociedade em detrimento dos avanços tecnológicos se faz uma analise social como no realismo.


         Subjuga-se que mesmo com o passar de tanto tempo o realismo e o romantismo e que vem sendo um dos instrumentos fundamentais a expressão e construção cultural dos jovens do século XXI, contudo essa racionalização do amor feita pelos jovens não poderia ser possível se não houvesse o condicionador de ar para tornar os ambientes agradáveis ao mesmo.

Autores: Fabiane Marcele, Fernanda Lúcia, Jamille Dourado, Joel Duarte,
Samara Fabrielle, Sérgio Júnior, Thiago Alves.

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